A Minha Galeria

Aníbal Andrade, Óleos sobre tela (50x60cm), 2006

Encontrei uma velha foto tipo passe e a preto e branco do meu pai quando ele era novo. Decidi brincar com ela e este foi o resultado... uma mistura de lembranças. Muitas saudades dele...

Duras Realidades

(da le Pena)

Vi-a hoje pela primeira vez. É linda. Arrasta consigo sem esforco uma beleza mediterranea, diria mesmo um pouco selvagem. Tem apenas dezasseis anos. Pouco mais que uma crianca.

A mae é de origem portuguesa mas expressa-se num castelhano perfeito, nao percebe o que se passa. Esta a estudar ingles, diz-me, mas ainda nao é suficiente para entender esta conversa complicada dos médicos. Fala por entre o nó apertado na garganta, porque é que as amostras de sangue tiveram de ir para Londres? ... só pode ser mau sinal. Nao dormiu nada esta noite, disse, mas nao precisava. Os olhos vermelhos e marejados, que agora contem as lágrimas com esforco, denunciam horas de incertezas e de sofrimento. Porque é que as amostras foram para Londres? É assim tao grave? O que é que ela tem?

Digo-lhe que como a muida tem apenas dezasseis anos as amostras tem de ser vistas por um oncologista pediatra. Que por agora sao apenas suspeitas. É apenas meia verdade. Nao lhe digo que a suspeita recai sobre Leucemia Mieloide Aguda. E que de qualquer maneira, neste caso, as amostras vao sempre para Londres para determinar o subtipo de leucemia, que determinará o tipo de tratamento. Ainda nao sei o que o médico lhe disse, por isso nao lhe quero dar muita informacao, que apenas aumentará a ansiedade. Por enquanto é apenas uma suspeita. Oxalá nao passasse disso...

Informacao sobre leucemia no Wikipedia

Feia

(Chagall)

Ela, inconsolável, desfazia-se em baba e ranho e em solucos convulsivos. O marido deixara-a por outra. Finalmente a amiga disse-lhe:
-Deixa lá, ele volta!
Ela fungou fundo, os olhos estancaram-se-lhe nas orbitas, e fitando a amiga com a posse de todas as certezas respondeu:
- Nao volta, nao, que ela é feia!...

Pan (ico)

(Rubens)

Na antiguidade clássica, Pan era uma divindade que impunha respeito e temor. Metade homem, metade cabra, vivia escondido nas florestas, e manifestava-se ocasionalmente, aparecendo de rompante para assustar os incautos humanos. Dai o nome de "panico" dado a subitos ataques de ansiedade aguda.

A Sindrome de Panico é uma manifestacao extrema de um estado de ansiedade. Envolve ataques recorrentes de medo intenso e desconforto, geralmente com a duracao de apenas alguns minutos mas podendo durar horas. O seu aparecimento é inesperado e pode estar associado afobias tais desconforto em supermercados ou em multidoes de qualquer especie. Quando a pessoa associa certas situacoes com desconforto extremo, mais ataques de panico a pessoa teme sofrer, piorando o estado mental geral.

Os sintomas podem incluir falta de ar, palpitacoes acompanhadas de taquicardia, dores no peito, sensacao de choque, tonturas e sensacao de desmaio. A pessoa pode manifestar medo de morrer, de ficar louco ou de manifestar accoes descontroladas.

O panico tem causas biologicas e ambientais. Cerca de 80% das pessoas que sofrem deste sindroma identificam um episodio de extremo stress durante os 12 meses precedentes. Abuso sexual ou fisico durante a infancia e fumar durante a adolescencia aumentam os riscos. As pessoas que sofrem do sindroma tem 90% de probabilidade de sofrer de uma outra desordem psiquiatrica durante a vida. Educacao sobre o sindroma, identificacao precoce e aconselhamento profissional adequado sao essenciais.

Virus

Cartoon retirado daqui

A Fundacoa Melinda e Bill Gates doou 155 milhoes de libras para o esforco de desenvolvimento de uma vacina para o HIV. A Fundacao criada pelo patrao da Microsoft criará uma rede internacional de cientistas dedicados a encontrar a vacina. Cada um dos 165 cientistas de 19 paises, que receberao uma série de bolsas, concordou em partilhar os resultados das suas investigacoes.

Louvável! ...gostava porém que o Sr. Gates colocasse o mesmo esforco em reforcar o sistema imunitário do seu virófilo sistema operativo...

Proverbio (Mirandés)

(Picasso)

Antre primos i armanos
Nun metas las manos.


(Entre primos e irmãos,
Não metas as mãos)

Ilegais

(Sargent)

A FDA (Food and Drug Administration) advertiu na semana passada os consumidores contra o uso de produtos ilegais promovidos na Internet como suplementos dietéticos para a disfunção eréctil e o aumento da performance sexual.

Produtos tais como Zimaxx, Libidus, Neophase, Nasutra, Vigor-25, Actra-Rx e 4EVERON não sao regulados ou aprovados pela FDA e comtem ingredientes não declarados, potencialmente perigosos, de acordo com um alerta publicado recentemente pela MedWatch, o programa de informação de segurança e monitorização de efeitos adversos.

O aviso baseia-se na análise de 17 produtos promovidos na Internet, que revelou que o Zimaxx contém sildenafil (Viagra, da Pfizer inc), o outros produtos contem analogos do sildenafil ou do vardenafil (Levitra, da Bayer Pharm. Corp). Estes produtos interagem com nitratos, presentes em muitos medicamentos podendo causar hipotensao potencialmente perigosa.

A FDA acrescenta que homens que requerem tratamento com nitratos para condiçoes tais como diabetes, hypertensao arterial, hipercolesterolémia, ou doenca cardiaca, apresentam muitas vezes disfunção eréctil e podem ser tentados a experimentar os prdutos nao aprovados pela FDA, uma vez que sao publicitados como sendo "naturais" ou nao contendo principios activos dos medicamentos aprovados. Além disso, porque a matéria prima dos ingredientes activos presentes nestes "suplementos dietéticos" é de origem desconhecida, nao há certeza de que os ingredientes sejam seguros, eficazes ou puros.

Autofagia

(Goya)

Mais uma vez, no Medio Oriente. Um pais criminoso e desumano a queixar-se que cometem crimes contra ele. Sobre a guerra, qualquer uma, apetece-me apenas dizer que os humanos sao a única especie do reino animal que tortura e mata elementos da mesma espécie por mero prazer.

Entretanto, a boa velha maneira do tio Sam, o estado americano cobra aos seus cidadaos os custos da respectiva evacuacao do Libano. Se as pessoas nao tiverem dinheiro, o estado, muito solicitamente, oferece um empréstimo que pode ser pago em suaves prestacoes... Mai' nada!

Dias...

(Sorolla Y Bastida)

...demasiado quentes aqui, também. Pelo menos nao se fala de incendios e de outras desgracas demelhantes. Talvez porque as leis aqui proibem mesmo de construir em zonas protegidas, por isso nao ha grandes vantagens em chamusca-las... mas há paises de brincar em que o crime compensa. E bem.

A Minha Galeria

Coimbra, óleo sobre tela (50x40cm), 2006

Também publicado em

A Minha Galeria


"All art is quite useless" Oscar Wilde

A cor da Virtude?

(Godward)

Charles Darwin classificou-a como a mais humana das expressoes. Um proverbio do séc. XVII diz que o rubor é a cor da virtude. Se é ou nao, nao sei. O que sei é que eu sou daquelas pessoas que cora por tudo e por nada...

Na edicao de 22 de Abril da revista The Lancet pode ler-se um interessante comentário sobre o fenómeno de ruborizar. Trata-se de um fenómeno muito comum, que afecta tanto homens como mulheres. Os individuos afectados tendem a evitar o contacto social e fobia social pode estar implicada no fenómeno. O rubor afecta a face, orelhas e muitas vezes o pescoco, e é acompanhado por uma sensacao de calor. É involuntário, incontrolável e causado pela mais leve emocao. Ocorre em individos de todas as racas, embora seja menos problemático em pessoas com apele mais escura. No entanto, a sensacao é a mesma.

Causas nao emocionais podem ser vasodilatacao facial devido a exercicio ou ambientes quentes. O tipo de rubor que ocorre apos a menopausa resulta da reducao dos niveis de estrogénio.

Hoje ou amanha

(La Tour)

Como comecei, não sei. Dizem que nasci num dia treze de um mês de Julho, uma Sexta-feira. Porque era noite, e os dias só se contavam apos a alvorada, ficou documentado que foi a doze. Mas o sol estava escondido seja lá onde se esconde quando a noite se dilata e abafa todas as cores e todas as formas e a duzia de badaladas desse dia há muito que se tinha escoado entre os dedos da noite. Não fui dada à luz, nasci simplesmente, por entre as dores maternais, os uivos da noite e as maos hábeis e anosas da Tia Cascarela, possuidora nao de outra sapiencia que a transmitida por muitos anos a manusear fedelhos antes de eles emitirem o primeiro grito.
Creio que nasci por teimosia. A idade da minha mãe tornava improvável uma gravidez. Chorou quando soube que ia ter mais um filho, era uma vergonha na idade dela. Mas eu, aquecida de não sei que calor, não sei bem por quê, quis vir, e vim.
Ainda mal me refizera do trauma do nascimento e veio a morte visitar-me, na forma, não sei, de uma dessas maleitas que ceifavam precocemente as crianças naquele tempo, ninguém sabia de onde vinham, se eram coisas do Demo, se castigo de Deus, se destino, ou maldição ou sorte. Não parecia mal de bruxaria, as feiticeiras territorialmente competentes nada poderiam fazer contra tão sérios sinais de morte. Recorrer ao médico era impossível -onde encontrar um assim de repente?… O doutor visitava a aldeia uma vez por semana para administrar os cuidados básicos de saúde a toda a população em consultas relampago administradas na Casa do Povo. Se se tratasse de uma doença crónica ainda vá, apesar de ser necessário marcar vez com muita antecedência. Mas uma coisa assim, de repente, não havia quem acudisse.
Minha mãe, resignada como as outras, resignada e cheia de temor de me entregar às forças escuras que eternamente corroem as alminhas que morrem sem serem aspergidas pelas águas do baptismo, correu a casa do Padre Amândio, na noite fechada, sob a luz dos astros. Eram então a iluminação disponível, o subtil brilho dos globos celestes ou luz trémula da indispensável candeia onde um pavio de algodão se alimentava de azeite. Já havia luz eléctrica na aldeia, mas durante a noite os postes de iluminação calavam-se impotentes perante a escuridão estridente da noite, e tudo era trevas e temor e escuridão.
Eu não sabia, eu nem gente era ainda, mas vinha não sei de onde impregnada de mal. Por entre o âmnio e o sangue, as hormonas, as contracções, o choque e o stress do nascimento, parece que um apêndice áscio invisível - a alma - vinha infectado com a gangrena do pecado. Nunca soube onde apanhei essa infeccao...

Era pois necessário, segundo a Santa Madre Igreja, abluir-me com água benta. Depois sim, tinha uma autorização oficial, um passaporte válido, um visto carimbado para entrar no reino dos céus. O Padre Amândio lá fez as rezas a pressa e lá me colocou na lista daqueles a quem Belzebu não pode reclamar sem luta. Eu seria aquilo a que chamavam “um anjinho”.
Não sei o que disse à morte. Não sei o que lhe disse, que razões lhe dei, mas ela deve tê-las pesado com cuidado e, cheia de branco e de mistérios, como quem tem a certeza da posse final de todos os destinos, afastou-se. Tão misteriosamente como apareceu, o mal que ameaçava a minha frágil existência desvaneceu-se sem deixar sinais nem razões da sua vinda ou da sua partida. E foi só pela lábia (que desde essa altura nunca me faltou) -ou terá sido sorte ou teimosia- que ainda sulco os trilhos dos anos...

Post dedicado ao meu maninho, que faz anos hoje também (e nao somos gémeos)!... PARABÉNS!

A Minha Galeria

Perseu e Andrómeda, Óleo sobre tela, (76x102cm), 2006

(Clicar para aumentar)
Também publicado aqui

História de Andrómeda na Wikipedia

Museu Britanico

Mosaicos romanos

A história dos mosaicos começa há 4000 anos ou mais, com o uso de cones de terracota inseridos com a extremidade pontiaguda nas superfícies com o intuito de as decorar. Por volta do séc. VIII a.c. havia pavimentos de calhaus usando pedras de diferentes cores para obter padroes mas de forma não estruturada. Foram os Gregos, no séc. IV a.c. que elevaram esta técnica a uma forma de arte, com padroes geométricos precisos e cenas detalhadas envolvendo pessoas e animais.

Por volta de 200 a.c., peças especialmente manufacturadas ("tesserae"), eram usadas para permitir mais detalhe e dar cor ao trabalho. O uso destas peças em tamanho muito pequeno, por vezes apenas uns milímetros, permitia que os mosaicos pudessem imitar pinturas. Muitos mosaicos preservados por exemplo em Pompeia eram trabalho de artistas gregos.
Tipicamente os temas romanos eram cenas a celebrar os deuses, temas domésticos e padrões geométricos.

Acrualizacao: Os Romanos ganharam o Mundial de futebol!... e mereceram, afinal eram a equipa com melhores paisagens!

Bonita Expressao!

(Imagem roubada por ai, na net)

Meu Amor foi a Espanha,

Assi lo quizo, assi lo tenha!

Esta espressao usa-se em Carcao como sinónimo de: tomaste a decisao, sabias no que te ias meter, agora aceita as consequencias e nao te queixes...

Beijo

(Bouguereau)

E porque nao? Hoje, aqui. Dia nacional do Beijo.

MUITOS BEIJICOS PARA TODOS!

(...)
Baiser. Le mot est doux !
Je ne vois pas pourquoi votre lèvre ne l'ose ;
S'il la brûle déjà, que sera-ce la chose ?
Ne vous en faites pas un épouvantement
N'avez-vous pas tantôt, presque insensiblement,
Quitté le badinage et glissé sans alarmes
De sourire au soupir, et du soupir aux larmes !
Glisser encore un peu d'insensible façon
Des larmes au baiser il n'y a qu'un frisson!
(...)
Un baiser, mais à tout prendre, qu'est-ce ?
Un serment fait d'un peu plus près, une promesse
Plus précise, un aveu qui veut se confirmer,
Un point rose qu'on met sur l'i du verbe aimer ;
C'est un secret qui prend la bouche pour oreille,
Un instant d'infini qui fait un bruit d'abeille,
Une communication ayant un goût de fleur,
Une façon d'un peu se respirer le coeur,
Et d'un peu se goûter, au bord des lèvres, l'âme !

(Edmond Rostand)

Carcao

(van Gogh)

A contemplar a aldeia e toda a vastidão de montes, erigida no cimo desta elevação, encontra-se uma capela pequena e modesta, dedicada a São Roque. O ventre largo e manso do monte servia de eira. Era para lá que os cereais eram levados depois da ceifa. Os feixes de trigo, de cevada, de centeio, eram colocados em medas, molhes circulares de consideravel altura. Eram depois desfeitos a pouco e pouco, espalhando pela eira pequenas quantidades para trilhar. Durante longas horas sob o calor mortificador, os animais que arrastavam utensílios pesados sobre os feixes espalhados. Depois deste trabalho, havia ainda que lancar a mistura resultante ao ar, para com accao da gravidade e de alguma aragem, o grao cair pesado a um lado e a palha ser deslocada o suficiente para os permitir separar. Lembro-me das bestas e os homens a regressarem a casa exaustose arfantes, cobertos de um camada de finissimo pó, e de pequenas e inúmeras particulas de palha.

Mais tarde aparaceram as malhadeiras mecanicas, gigantes amarelos mecanizados que alimentados na eira com os molhes, regurgitavam o cereal para um lado, pronto a ser ensacado, e a palha para outro. E mais tarde ainda, surgiram as segadeiras. Estes sim, monstros completamente automatizados que iam pelos campos devorando as searas e deixando um rasto de fardos de palha devidamente atados, a distancias regulares.

No caminho para Argoselo, depois de vencer a inclinação acentuada do monte, mais um planalto amplo oferecia o corpo brando para servir de eira.
No caminho para as Eiras, na área a que se chamava “o Vale” existia uma fonte secular e um enorme tanque onde as mulheres iam lavar a roupa e actualizar os mexericos. A fonte dizia-se, era encantada. Nela aparecia ocasionalmente uma moura que morrera de amores. Muitas pessoas afirmavam terem-lhe visto os fios do cabelo e a linha de oiro de um novelo que ela dobava eternamente...

Velazques

( Velazques)

Mais de 40 obras de Velazques , o artista espanhol do Séc. XVII, serao expostas pela primeria vez na Inglaterra depois da National Gallery ter chegado a um acordo com o Museu do Prado e vários afortunados coleccionadores por esse mundo fora.
A exibicao, a ter lugar entre 18 de Outubro e 21 de Janeiro de 2007 mostrará quase metade dos trabalhos sobreviventes daquele artista, incluindo retratos, imagens religiosas e mitológicas. Além da sumptuosa A toilette de Vénus (conhecida como Rokeby Vénus) que pertence a National gallery, outra joia da exposicao será A Tentacao de Sao Tomas Aquino, datada de 1630 e que pertence a uma pequena igreja da Costa del Sol, considerada uma das mais belas obras do pintor.

Nao vou perder!

Tréguas

(Chagall)

Pronto, finalmente Mr. Big caiu em si. Precisou de dois dias para digerir o amargo sabor da derrota. Nunca percebi porque é que este pessoal leva estas coisas tao a peito... como se fosse uma questao de honra nacioanal. É que Mr. Big nao gosta de futebol nem nada!

Mas hoje recebi um bouquet enorme com as minhas flores preferidas-rosas brancas e lirios entre outras que sei que ele deve ter escolhido a dedo- na Farmácia, com um cartaozinho a dizer "Congratulations on Portugal's Win". Pronto, Bretao, estas perdoado!...

Às Armas!

(Le Nain- Alegoria da Victória))

Eu dizia "é só um jogo". Mr Big bociferava "No, it´s war!". Achei melhor não dizer que o nosso hino ainda retém um um grito de armas que é um eco de guerra contra os ingleses...
Creio que achavam que íam ser favas contadas... via-se no sorrisinho palerma dos comentadores depois do jogo com a Holanda. Que era preferivel jogar com Portugal e ainda para mais com dois jogadores importantes indisponíveis. No final da primeira parte o desânimo e finalmente um pouco de respeito pelos lusos da parte dos comentadores.
Enquanto Mr. Big se desfazia em urros eu arranjei calmamente as unhas. No final parecia um ogre descompensado.
Confesso que não gosto de ver ninguém perder mas desta vez deu-me cá um prazer muidinho ver os rapazes lusos ganhar!... não falo com Mr Big desde o final do jogo devido ao comportamento desproporcionado e incivilizado. Quando ele pedir desculpas penso no caso dele... e talvez o deixe torcer por Portugal no próximo jogo!.... ehehehehe!

Ontem depois do jogo ainda fui ao Ginásio... tanta desolação nos rostos do pessoal que deambulava com a camisola da selecção inglesa sobre o ombro e uma bebida na mão!... apetecia-me baixar o vidro da janela e mandar-lhes um "PORTUGAL!" mas abstive-me. Há dois anos tive numa das minhas enfermarias um mocinho portugues a necessitar de reconstrução maxilo-facial depois da Inglaterra perder, if you know what I mean...
Isto de viver no meio de Bárbaros não é fácil, digo-vos eu!...