O Vaticano no pos-Modernismo...
Barbara Kruger
Enquanto o Modernismo está associado a identidade, unidade, autoridade e certezas, o posmodernismo é normalmente associado com diferença, separação, textualidade e cepticismo, um conjunto de atitudes anti-modernistas que emergem no final dos anos 50, estimuladas pelo desencanto que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.
À intensa alteração da sociedade (consumismo, subculturas, identidades construidas à volta de produtos em vez de ideias, etc), e da arte (eliminação entre arte e coisas do dia-a-dia, supressão da diferença entre elite e cultura popular, cultura como produto) veio juntar-se o desenvolvimento científico e tecnologico. Este, por sua vez, permitiu o advento de novos media, a produção em massa e sobretudo, uma diferença significativa no modo como o conhecimento é adquirido, classificado e disponibilizado. Mas sobretudo, assiste-se ao declinio das Metanarrativas, sobretudo por nao reconhecer Verdades absolutas e universais (abstratas ou não).
Uma metanarrativa assume o sentido de uma grande narrativa, uma narrativa de nível superior (“meta-“ é um prefixo de origem grega que significa “para além de”), capaz de explicar todo o conhecimento existente ou capaz de representar uma verdade absoluta sobre o universo. A Bíblia e o Alcorão são exemplos de metanarrativas universalmente conhecidas; mas toda a obra cultural e política vitoriana pode ser considerada uma metanarrativa, tal como Ulysses de James Joyce ou as teorias feministas radicais ou as propostas marxistas do século XX.
Os defensores do Vaticano na crise da Pedofilia no seio da instituição apontam o dedo à comunicação social numa tentativa grosseira de sugerir que que os media são mais severos e desproporcionais com a Igreja Católica do que com outros.
No entanto, é o declinio da Biblia como metanarrativa que retirou à Igreja Católica o poder absoluto que detinha e abriu a possibilidade de criticar abertamente a instituição. E a comunicação social fá-lo porque a sociedade requer essa informação.
A crítica à Igreja Católica relativamente aos casos de pedofilia é justificavel por ser uma instituição que se assume como compasso moral da sociedade (embora tal, felizmente, não corresponda à realidade). Mas justifica-se, sobretudo pelo encobrimento sistemático e perverso dos crimes no seu seio de que tinha conhecimento (Post de ha tres anos sobre pedofilia e Vaticano).
Uma metanarrativa assume o sentido de uma grande narrativa, uma narrativa de nível superior (“meta-“ é um prefixo de origem grega que significa “para além de”), capaz de explicar todo o conhecimento existente ou capaz de representar uma verdade absoluta sobre o universo. A Bíblia e o Alcorão são exemplos de metanarrativas universalmente conhecidas; mas toda a obra cultural e política vitoriana pode ser considerada uma metanarrativa, tal como Ulysses de James Joyce ou as teorias feministas radicais ou as propostas marxistas do século XX.
Os defensores do Vaticano na crise da Pedofilia no seio da instituição apontam o dedo à comunicação social numa tentativa grosseira de sugerir que que os media são mais severos e desproporcionais com a Igreja Católica do que com outros.
No entanto, é o declinio da Biblia como metanarrativa que retirou à Igreja Católica o poder absoluto que detinha e abriu a possibilidade de criticar abertamente a instituição. E a comunicação social fá-lo porque a sociedade requer essa informação.
A crítica à Igreja Católica relativamente aos casos de pedofilia é justificavel por ser uma instituição que se assume como compasso moral da sociedade (embora tal, felizmente, não corresponda à realidade). Mas justifica-se, sobretudo pelo encobrimento sistemático e perverso dos crimes no seu seio de que tinha conhecimento (Post de ha tres anos sobre pedofilia e Vaticano).
Labels: pedofilia, posmodernismo, vaticano
1 Comments:
já não há lugar no mundo para as metanarrativas. Contudo, o lugar da hipocrisia parece ampliado.
É preciso que o sentido crítico também se alargue entre as pessoas e, acima de tudo, que a justiça dos homens funcione e seja implacvável.
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