Monday, April 23, 2007

A Minha Galeria

Zé Luís, Óleo sobre tela (50X 61cm), 2007

Wednesday, April 18, 2007

Mirandes...

(Foto tirada da net)

Quando un home ten un suonho

Hai que l saber respeitar:

L feturo nun ten duonho

Pertence a quien l’agarrar.


Se ls burros todos falássen

Cumo alguns que por ende ándan,

Talbeç inda ambergonhássen

Ciertos burros q’an nós mándan.

Fonso Roixo



Post vergonhosamente roubado de um blog inteiramente escrito em Mirandés, de Amadeu Ferreira. Vale a pena passar pelo Cumo quien bai de camino. Quem tem interesse pela Lhéngua e gostaria de aprender a falar e a escrever, tem uma óptima ferramenta on-line em www.sendim.net.

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Monday, April 16, 2007

A Minha Galeria






Figura sentada (20cm) , argila branca (esmalte P1 e Carbonato de cobre), pedra

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Sunday, April 15, 2007

Convite


(clicar para aumentar)

...para a exposição da minha priminha, a única artista de carreira na família (artista a sério, não como eu, artista das horas vagas...). A distância não me tem permitido assistir às exposições dela mas, felizmente, desta vez vou poder ir uma vez que vou estar por terras lusas a preparar a minha própria exposição! Depois de uns anitos valentes sem nos vermos vai ser delicioso o encontro! Horay!

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Friday, April 13, 2007

Outeiro

(Cezanne)
D. Maria vivia em Outeiro, uma aldeia a cerca de quinze quilómetros de Carção. Comecei a passar com frequência o fim de semana em casa dela. A povoação mais pequena do que a minha mas com uma caracteristica muito atractiva para a minha curiosidade. O povoado erguia-se preguiçosamente na base de uma elevação maciça, cónica e com um pequeno planalto no cimo. Ali remanesciam as paredes em decadente ruína daquilo que com dificuldade se imaginava ter sido uma pequena fortificação medieval.
Eu gostava de subir ao cume, de perscrutar por entre as pedras, de me sentar e de observar em redor a extensão silente e azul do horizonte. Via-se uma imensidão de montes abraçados uns aos outros numa ebriedade displicente. Viam-se searas dançando estouvadamente ao sabor da brisa, pequenos amontoados de casas, o serrelo de Argoselo tal coluna vertebral de granito de um dinossauro em lordose, com as patas dianteiras e traseiras enterradas na terra. Serpenteando irregularmente por entre o corpo compacto dos montes, uma falha abrupta, com uma vegetação diferente deixava adivinhar a presença do rio Maçãs a escavar o seu leito desde o inicio do mundo. E respirava-se um ar purissimo, embalado por uma fresca brisa que envolvia o pequeno Outeiro.

Wednesday, April 11, 2007

Impressoes-Imagens de uma noite fria









No início pensei que fosse apenas um teatro popular, tão tipico da região. Vi um há muitos anos, também em Santulhão, a aldeia mais próxima de Carção. Num palco imenso, que as personagens ocupavam com gestos largos e uma musicalidade nas frases que não mudava de personagem para personagem. Mas logo descobri que se tratava afinal de uma procissão encenada.
O personagem principal tinha uns caracóis perfeitos e o corpo sarapintado de vermelho. Os soldados do Império romano apresentavam a figura pachorrenta de quem se acomodou à distancia da remota Roma e ao centro do mundo. Os collans eram com toda a certeza uma adição tardia à fatiota, ditada pelo frio que açoitava a noite. As figuras femininas cobriam-se de tecidos garridos cicunstanciais. O altifalante debebitava uma mistura da suposta história do condenado com reflexões pseudo-filosóficas, directamente dirigidas aos corações despedaçados das beatas. Com uma voz melosa e teatral, o narrador fazia uma exaltação da dor e do sofrimento e demonstrava que deus, o velho gagá, na sua decrepitude, e ignorando o principio da instransmissibilidade da pena, obrigou o filho predileto a pagar pelos pecados dos outros filhos. Tsssss!Como é que este argumento idiota consegue convencer tanta gente pelo mundo fora é para mim o verdadeiro e unico mistério da coisa toda, mas enfim...
Os personagens faziam os gestos e gemiam de dor e as velhotas sentiam na carne as dores daqueles corpos expostos ao cieiro da noite. Nos intervalos e enquanto os personagens se moviam ao longo da via sacra, o padre rezava pai-nossos e contava as estações e as dores do condenado. A mim geleram-se-me as mãos sob o frio, e o sangue quando comecei a fazer contas as estações e ao tempo que a encenação demoraria até terminar. Ainda tentei voltar a casa da minha tia para reestabelecer a circulação nas mãos mas tarde demais... mais ninguém tivera a mesma ideia e eu não tinha a chave. O remédio foi mesmo aguentar até ao fim...

Monday, April 02, 2007

...

(Monet)


...de férias no Reino Luso. A semana precedente à viajem foi tão stressante que quase tive um ataque cardíaco. Valeu-me o Big que faz as vezes de meu PA (que eu ão tenho jeito nenhum para viver) e lá me organiza e monitoriza o pulso, e uma farmácia bem recheada.
Felizmente, em Carção, stress é uma palavra que não consta no dicionário...