Thursday, January 20, 2011

Pensamento de Inverno

Hummmm... ja devia ter mudado o cabecalho deste blog para algo mais adequado a estacao... talvez brevemente. Ou talvez espere pelo Verao.

Saturday, May 01, 2010

Efeito nocebo


A maioria das pessoas é familiar com o efeito placebo. Este pode ser descrito como efeito positivo sentido por algumas pessoas após tomarem medicamentos sem qualquer principio activo. Mas nem todas as pessoas ouviram falar do fenómeno oposto, isto é, do efeito nocebo. Este efeito verifica-se quando uma pessoa sente efeitos adversos após tomar um medicamento sem principio activo. 

Apesar do efeito placebo ser descrito desde o seculo XVIII, o conceito de efeito nocebo é bem mais recente, tendo sido usado pela primeira vez por Walter Kennedy em 1961 a tendo-se generalizado apenas a partir de 1990.

O efeito nocebo pode manifestar-se numa variedade de efeitos fisiológicos.
Num estudo em que os participantes foram informados que uma corrente eléctrica (inexistente) lhes seria aplicada à cabeça, 70 por cento descreveu dores de cabeça após a experiência.
A inalação de soro pode aumentar ou diminuir a resistência das vias aéreas, dependendo dos sintomas que os doentes antecipam.

No Framingham Heart Study, o numero de mortes de mulheres que acreditavam ter presdisposição para doença coronária foi quatro vezes maior do que nas mulheres com riscos semelhantes mas que não se diziam em risco. 

Em estudos clinicos cerca de 19 por cento dos participantes saudáveis diz sofrer efeitos secundários apos tomar o medicamento sem principio activo. 

Embora o fenómeno seja pouco compreendido, crê-se  que uma variedade de factores tenham influência, incluindo as espectativas dos doentes relativamente a efeitos secundários e as características psicologicas do doente tais como ansiedade, depressão e a tendência para associar medicamentos com efeitos somaticos (somatização).

O caso mais extremo de efeito nocebo foi descrito por Herbert Spiegel na revista Preventative Medicine, que relata a morte de um doente a quem foi administrada a extrema unção por erro!...

Monday, April 26, 2010

Love is not blind

Miro


Ele: Se te acontecesse alguma coisa nao sei o que faria. Enlouquecia, acho. Ou morria de desgosto...
Ela, sem digerir por completo o conceito: ... !!??... Ah... Ok.
Ele, a espera de uma resposta semelhante: E tu?... Se me acontecesse alguma coisa...?
Ela: Arhhhh... ficava triste.
Ele, desapontado: Triste?????? Ficavas triste?????
Ela: Ahhrrrr... ehhrr...ficava MUITO triste. (Ele faz uma careta de desgosto) Depois...errrhhh... passava por uma fase variavel de luto, cuja duracao nao sei antecipar por depender de diversas variaveis... e depois seguia com a minha vida. E' o que acontece com qualquer pessoa, mesmo as que dizem que morriam e o carais... 


Ele, visivelmente transtornado: Nao devia ter perguntado...

Ela: Se nao querias ouvir a resposta...nao.



Sunday, April 25, 2010

Uma cancao para Abril

Thursday, April 22, 2010

Sempre a aprender...

O risco de parto prematuro aumenta se a grávida tomar suplementos vitamínicos no final da gravidez, sugere um estudo publicado no “British Journal of Obstetrics and Gynecology”.

Enquanto os suplementos vitamínicos podem ser altamente benéficos em mulheres que vivem em países subdesenvolvidos, dado terem uma dieta mais pobre, nos países desenvolvidos isso não acontece.

Neste estudo da University of Leeds, no Reino Unido, os investigadores analisaram a alimentação e o uso de suplementos em 1.300 grávidas daquele país. O estudo verificou que, em 80% das grávidas, a toma de vitaminas por algum tempo durante a gestação não aumentou o risco de parto prematuro. Contudo, as mulheres que as tomaram durante o terceiro trimestre de gravidez foram três vezes mais propensas a ter um parto prematuro.

O estudo não determinou as razões exactas para a existência desta relação, mas os investigadores destacam que a interacção entre diferentes vitaminas e minerais leva a uma redução dos nutrientes disponíveis para o feto em crescimento.

A investigação explicita ainda que, através da alimentação, as grávidas já recebiam os nutrientes necessários, com excepção da vitamina D, ferro, selénio e iodo.

Os autores destacam a necessidade de se realizarem mais estudos para se confirmar esta relação. Entretanto, salientam, o melhor para as grávidas é seguirem os conselhos dos seus médicos e terem uma alimentação saudável.


Fonte

Sunday, April 18, 2010

Beautiful Science ao Domingo




...com os heróis que amamos cá em casa. Vai ser interessante ver a Jazzy crescer com Sagan, Hawking, Dawkins, Greene, Tyson, Shermer, Feynman, Porco, Myers, Cox...

A ciencia é a poesia do real...

Wednesday, April 14, 2010

Love is blind

Picasso


Ele continua a achar que ela tem corpo de estrela de filme pornográfico. Quem é ela para lhe destruir a ilusão?...
Bless his cotton socks!...

Sunday, April 11, 2010

Beautiful Mathematics ao Domingo

Friday, April 09, 2010

O Vaticano no pos-Modernismo...


Barbara Kruger



Enquanto o Modernismo está associado a identidade, unidade, autoridade e certezas, o posmodernismo é normalmente associado com diferença, separação, textualidade e cepticismo, um conjunto de atitudes anti-modernistas que emergem no final dos anos 50, estimuladas pelo desencanto que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. 
À intensa alteração da sociedade (consumismo, subculturas, identidades construidas à volta de produtos em vez de ideias, etc), e da arte (eliminação entre arte e coisas do dia-a-dia, supressão da diferença entre elite e cultura popular, cultura como produto) veio juntar-se o desenvolvimento científico e tecnologico. Este, por sua vez, permitiu o advento de novos media, a produção em massa e sobretudo, uma diferença significativa no modo como o conhecimento é adquirido, classificado e disponibilizado. Mas sobretudo, assiste-se ao declinio das Metanarrativas, sobretudo por nao reconhecer Verdades  absolutas e universais (abstratas ou não).  
Uma metanarrativa assume o sentido de uma grande narrativa, uma narrativa de nível superior (“meta-“ é um prefixo de origem grega que significa “para além de”), capaz de explicar todo o conhecimento existente ou capaz de representar uma verdade absoluta sobre o universo. A Bíblia e o Alcorão são exemplos de metanarrativas universalmente conhecidas; mas toda a obra cultural e política vitoriana pode ser considerada uma metanarrativa, tal como Ulysses de James Joyce ou as teorias feministas radicais ou as propostas marxistas do século XX. 

Os defensores do Vaticano na crise da Pedofilia no seio da instituição  apontam o dedo à comunicação social numa tentativa grosseira de sugerir que que os media são mais severos e desproporcionais com a Igreja Católica do que com outros.
No entanto, é o declinio da Biblia como metanarrativa que retirou à Igreja Católica o poder absoluto que detinha e abriu a possibilidade de criticar abertamente a instituição. E a comunicação social fá-lo porque a sociedade requer essa informação.
A crítica à Igreja Católica relativamente aos casos de pedofilia é justificavel por ser uma instituição que se assume como compasso moral da sociedade  (embora tal, felizmente, não corresponda à realidade). Mas justifica-se, sobretudo pelo encobrimento sistemático e perverso dos crimes no seu seio de que tinha conhecimento (Post de ha tres anos sobre pedofilia e Vaticano).

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Wednesday, April 07, 2010

Saude




As mulheres que sofreram cancro da mama podem engravidar sem receios de que a gravidez as coloque em risco de morte pela doença, revela uma metanálise apresentada no European Breast Cancer Conference.

De acordo com a metanálise que avaliou 14 estudos, a gravidez não apenas é segura para as sobreviventes de cancro da mama, como, de facto, pode melhorar as suas probabilidades de sobrevivência.

As sobreviventes de cancro da mama são normalmente aconselhadas a esperar entre 2 a 5 anos após o fim do tratamento para engravidar, por ser esse o tempo mais provável de ocorrer uma reincidência. Vários estudos têm associado a gravidez à reincidência da doença, devido ao aumento dos níveis de estrogénio.

Neste estudo, liderado por Hatem A. Azim, do Departamento de Oncologia Médica do Instituto Jules Bordet de Bruxelas, Bélgica, foram analisados 14 ensaios clínicos que tiveram lugar entre 1970 e 2009, e que envolveram 1.417 mulheres grávidas com historial de cancro da mama e 18.059 mulheres com história de cancro da mama mas que não engravidaram.

Foi verificado que as pacientes que engravidaram após o diagnóstico de cancro da mama tiveram uma redução significativa de 42% no risco de morte em comparação com as sobreviventes de cancro da mama que não engravidaram.

De acordo com a líder da investigação, citada pelo sítio Eurekalert, a “gravidez é segura em mulheres com historial de cancro da mama tratado com sucesso”. Hatem A. Azim destaca ainda existir uma percepção ampla dos especialistas de que as mulheres com história de cancro da mama não devem engravidar, pelo receio de a gravidez aumentar o risco de reincidência do tumor através da estimulação hormonal. “E esta metanálise contraria veementemente essa noção”.