Vestimenta
(Schjerfbeck)
A aldeia era visitada assiduamente por vendedores ambulantes. Traziam os produtos acondicionados em cestos transportados em mulas, apregoavam as mercadorias com sonoros pregões e percorriam a maioria das ruas em busca de clientes. Normalmente traziam roupa, os sempre necessários aventais, batas, roupa interior, lenços para a cabeça.
A indumentária das mulheres só mudava ligeiramente na cor. Consistia invariavelmente de uma saia mais ou menos rodada, um avental por cima, meias, sempre meias mesmo no Verão, uma blusa fechada e um lenço na cabeça a tapar por completo a cabeleira, como se esta fosse um atributo diabólico que necessitasse de ser ocultado para não inspirar desejos pecaminosos. O preto era obrigatório durante vários anos após a morte de um familiar. Exceptuando essas fúnebres ocasiões, as cores não variavam muito, sempre muito escuras e discretas.
A indumentária das mulheres só mudava ligeiramente na cor. Consistia invariavelmente de uma saia mais ou menos rodada, um avental por cima, meias, sempre meias mesmo no Verão, uma blusa fechada e um lenço na cabeça a tapar por completo a cabeleira, como se esta fosse um atributo diabólico que necessitasse de ser ocultado para não inspirar desejos pecaminosos. O preto era obrigatório durante vários anos após a morte de um familiar. Exceptuando essas fúnebres ocasiões, as cores não variavam muito, sempre muito escuras e discretas.
8 Comments:
É peculiar que pessoas que viveram em sua familia estra tradicão, não compreendem o uso do véu muçulmano. Só sabendo o que fomos, podemos compreender o que hoje somos. Naturalmente, esta impresao fica a o margem da dignidade feminina. Isto é outro assunto diferente daquele que poderíamos falar durante horas.
Abraçicos
Rosário,
É muito interessante vermos telas como estas e observarmos como tudo mudou. Hoje, na era da calça justa de cintura baixa, do top minúsculo e de cores vibrantes, das blusas quase transparentes, das langeries ousadas, dos sapatos altíssimos, ficamos imaginando que chocante seria para alguém daquela époda do quadro observar os dias de hoje!
Boa quinta-feira para ti!
Beijos
Texto que remete a tempos idos. tive um nostalgia, talvez me lembrei das minhas vidas passadas.
Olá, Rosário! Encontrei seu blog através do blog "Entre Amigos" e vim conhecer seu espaço. Lindo texto! Com ele fiz um passeio à aldeia descrita,e caminhei ao lado dessas mulheres, vestida de preto.
Grande Abraço!
Havia decência, é o que era!
:-)
E iria jurar que estas senhoras eram portuguesas. Mas, de Schjerfbeck... Não devem ser, pois não? Seja como for, beijinhos.
Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
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