Uma questao de bilis...
Na edição da revista Nature de 5 de Janeiro publica-se um interessante artigo de Laura Spinney sobre uma exibção nas galerias nacionais em Paris e Berlim. Intitulada “Melancolia, génio e loucura no Ocidente”, procura seguir as diferenças de atitude perante a melancolia ao longo dos séculos.
A melancolia foi considerada fonte de inspiração por intelectuais, misticos, artistas e cientistas. Os antigos Gregos consideravam-na como fonte criativa mas com a chegada do cristianismo adquiriu um significado diabolico. Os pensadores medievais não reconheciam qualquer criatividade relacionada com a melancolia e associaram-na antes com demencia a alucinação.
Para os filósofos gregos a melancolia tinha origem no baço e na bilis negra, tendo o Outono como estação, o entardecer como hora favorita do dia, a terra como elemento, e Saturno como planeta.
A Renascenca veio alterar a percepcao da melancolia passando esta a ser considerada como fonte de inspiração. Entre os filhos de Saturno encontravam-se parias socias assim como individuos de temperamento soturno. Entre outras criaturas que vieram enriquecer o imaginario, o lobisomem tornou-se parte no fenómeno. No sec. XVII D. Quixote era um exemplo de sonhador melancólico.
Com o advento do Iluminismo, ideias sociais e médicas divergentes surgiram. O diagnóstico de monomania foi então usado para este tipo de comportamento e mais tarde o termo depressão bipolar começou a ser usado para denominar as fases maniaca e depressiva da condição.
Com o advento do Iluminismo, ideias sociais e médicas divergentes surgiram. O diagnóstico de monomania foi então usado para este tipo de comportamento e mais tarde o termo depressão bipolar começou a ser usado para denominar as fases maniaca e depressiva da condição.
2 Comments:
Muito bom o seu texto... Adoraria que vc conhecesse também o meu blog. http://paideiadigital.blogspot.com
Afinal o que é a melancolia,será uma melancia alcoólica?
Impressoes
<< Home