O tiçao
Uma camioneta velha passava duas vezes por dia no povoado, pigarreando, roncando contrariedades e cansaços. Fazia a ligação entre Bragança e Miranda, por estradas estreitas e sinuosas, cravadas a custo na barriga redonda das montanhas, e que brilhavam ao sol como cicatrizes gigantes e reluzentes. Mas era cara... bo jeira, dar x milreis pela carreira!...
O caminho que se percorria a pé ainda existe. Trilham-se os montes, um após outro, até chegar ao rio Maças. Ali, uma ponte medieval espera placidamente para transpor os viajantes até a outra margem. Depois começa a árdua tarefa de subir os montes do outro lado até a Vila, mais ou menos ao mesmo nivel que a aldeia.
Sendo o caminho tao agreste e a carreira tao cara, a opção que restava para fazer a viagem era arranjar boleia, esperar pacientemente que um carro passasse e o condutor carecesse de companhia para a viagem ou lhe sobrasse a bondade.
Foi isso que um conterraneo fez naquela vez. Esperou junto a saida da aldeia e quando avistou um automovel fez-lhe "alto". O senhor desconhecido, simpatico, parou e ofereceu-se para o levar ate a Vila.
No meio da viagem o condutor sacou de um maço de cigarros e perguntou ao meu conterraneo se se importava que fumasse e aquele, que não, que ele mesmo fumava. O desconhecido ofereceu então um cigarro ao Carçoneiro, que este aceitou de bom grado. Acendeu o cigarro no isqueiro do carro e passou-o cordialmente ao segundo. Após ter vericado o desconhecido a acender o cigarro na superficie rubra da coisa, o meu conterraneo fez o mesmo.
Passado algum tempo, o dono do automóvel preparava-se para fumar um outro cigarro. Verificando que o isqueiro nao se encontrava no lugar habitual, perguntou ao Carçoneiro, desculpe, e o isqueiro, onde é que o pos?
- çqueiro...qual çqueiro? Num bi çqueiro ne'um!
- O isqueiro, aquela coisa que lhe dei para acender o cigarro...
-!!!!! ah!!!!! o TIçAOZICO???? O tiçaozico atirei-o por a jenela! Inda pegaba fogo ao carro!...
O caminho que se percorria a pé ainda existe. Trilham-se os montes, um após outro, até chegar ao rio Maças. Ali, uma ponte medieval espera placidamente para transpor os viajantes até a outra margem. Depois começa a árdua tarefa de subir os montes do outro lado até a Vila, mais ou menos ao mesmo nivel que a aldeia.
Sendo o caminho tao agreste e a carreira tao cara, a opção que restava para fazer a viagem era arranjar boleia, esperar pacientemente que um carro passasse e o condutor carecesse de companhia para a viagem ou lhe sobrasse a bondade.
Foi isso que um conterraneo fez naquela vez. Esperou junto a saida da aldeia e quando avistou um automovel fez-lhe "alto". O senhor desconhecido, simpatico, parou e ofereceu-se para o levar ate a Vila.
No meio da viagem o condutor sacou de um maço de cigarros e perguntou ao meu conterraneo se se importava que fumasse e aquele, que não, que ele mesmo fumava. O desconhecido ofereceu então um cigarro ao Carçoneiro, que este aceitou de bom grado. Acendeu o cigarro no isqueiro do carro e passou-o cordialmente ao segundo. Após ter vericado o desconhecido a acender o cigarro na superficie rubra da coisa, o meu conterraneo fez o mesmo.
Passado algum tempo, o dono do automóvel preparava-se para fumar um outro cigarro. Verificando que o isqueiro nao se encontrava no lugar habitual, perguntou ao Carçoneiro, desculpe, e o isqueiro, onde é que o pos?
- çqueiro...qual çqueiro? Num bi çqueiro ne'um!
- O isqueiro, aquela coisa que lhe dei para acender o cigarro...
-!!!!! ah!!!!! o TIçAOZICO???? O tiçaozico atirei-o por a jenela! Inda pegaba fogo ao carro!...
4 Comments:
Querida Rosário, fizeste-me sorrir :)
Obrigada, querida*
Dar boleias, sempre foi um risco...
Eh eh eh Estava a ser prevenido, o homem. :)
Sempre que me lembro desta história sorrio ...!
Fizeste bem em relembra-la!
Bjs
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