Friday, October 21, 2005

Ser gente

Não sei quando soube que era uma pessoa. Quando começamos verdadeiramente a ser gente? Quando se inicia no nosso pensamento o turbilhão agudo dos sentimentos, da consciência do nosso corpo, do que nos rodeia e nos questionamos sobre o nosso papel na realidade? Ou quando se nos revela a maravilha da identidade própria e do colectivo de que fazemos parte, de uma verdade que nos antecede?... ou talvez quando iniciamos a dolorosa negação das regras instituídas e fermentamos intrinsecamente ordens lógicas para as coisas, para as relações entre elas e do que está para além. Não sei. Um dia não sei como encontrei-me e vi-me a ser qualquer coisa, a pensar, a sentir, a ter consciência, opinião e poder sobre o mundo, vi-me a ser gente e gostei.

6 Comments:

Blogger Elipse said...

Sim, é quando conseguimos negar as regras. Algumas regras, porque ai de nós se fossemos "anti" em tudo. A capacidade selectiva também faz de nós humanos.
Gosto das tuas palavras.

12:43 PM  
Blogger Cadelinha Lésse said...

Curioso... há dias em que me parece que ainda não dei por mim!

Um xi (e parabéns pelo anel...)

4:23 PM  
Blogger hfm said...

Vamos sendo, Rosário; uma paleta a descobrir sempre que o sol nela incide.

4:46 PM  
Blogger Maria Heli said...

sim...e gosto da expressão: desde que me conheço como gente...

bom fim semana

6:11 PM  
Anonymous Anonymous said...

a amiga vai-me desculpar mas n concordo consigo...

o IPPAR faz o que pode para preservar o patromónio...

o pastor disse que a igreja era dele e que n deixa o IPPAR recuperá-la...acho k isso diz tudo.


de resto a amiga escreve mto bem

8:00 PM  
Blogger Rosario Andrade said...

Factor,
Eu sei... estava so a ser mazinha! Tenho a certeza que o IPAR faz o que pode com os (parcos) meios que recebe!

Abracicos!

8:16 PM  

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