Adeus...
Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
Manuel Alegre
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
Manuel Alegre
Na voz de Adriano Correia de Oiveira. Lembrei-me. Porque é Maio. Porque as giestas te saudaram de cores e perfumes no teu último caminho. Porque eras jovem e partiste antes de viver tudo. Porque lutaste numa luta longa e desigual, com tanta coragem que parecia sobre-humana. Porque sempre tiveste um sorriso até ao fim.
Porque não há palavras.
Adeus, irmã.
Porque não há palavras.
Adeus, irmã.
15 Comments:
é nestas alturas que o silêncio nos aconchega....
Frog
Bem verdade, caro Frog...
O lamento muito, amiga. Mas força!!... por ela. Beijos
Não tenho circulado o necessário pelos blogues amigos, como é o teu caso, Rosário, mantidos por almas sentidas e saudosas...
Se é possível sentires o efeito que este teu post teve sobre mim, aqui fica toda a minha solidariedade...que nestes momentos de pouco valerá, imagino!...
Bjo
António
ELES PARTEM PARA NASCER DE NOVO , SOB OUTRA FORMA
Talvez nem sempre os possamos ver mas eles -ela estã LÁ... somewhere over the rainbow...
aparecem por vezes , invisivelmente e se partiram é porque tinham uma missão a cumprir, no outro lado da vida.
Há dias , tive a noticia da morte da mulher de um amigo meu , com um sarcoma, sem tratamentos possiveis. Era nova , dois filhos , dois netos, planos para a vida. Morreu em Março, dois dias depois do casamento do filho. O marido sofre a sua ausencia , a casa vazia mas sinto a presença dela , com um sorriso , cuidando de todos eles .
Um beijo de maio maduro maio.
Escolha sublime.
Un abraço, arrochado i calhado.
Amadeu
Coragem, amiga!
A vida é assim, feita de nascimento e morte, embora custe mais quando esta vem antes do tempo.
Um abraço com toda a minha amizade.
estas pequenas homenagens... é por isso q vale a pena, apesar da saudade!
e como vai essa contagem decrescente?
:)
mtos sorrisos, para ti e a tua mini*
Na voz de Adriano, eu não hesito em colocar esta canção em qualquer lista que se faça das 10 mais belas canções de sempre da música portuguesa.
Estou certo que ela também concorda.
Olha, amiga, sem mais, um abricico daqueles muiiiiito apertados, tipo parte costelas sem partir!
Beijico,
Di
Rosário
Que bela escolha para homenagear a tua homenagem. Resta ficar com as boas memórias e recordações.
Um abraço
Rosário, lamento muito a tua perda. Soube-o esta manhã por uma pessoa que gosta muito de ti e que te é próxima.
Descobri, porque ela estava a ver, nesta tua "casa", uma das tuas pinturas, em que reconheci, de imediato o teu traço.
Como este mundo é pequeno.
Um beijo.
Soube um destes dias de tamanha perda.
A Ti Rosário, ao João e todos Vós um Enorme Abraço. Coragem e ...Força!
Um Abraço Amigo...
Conterrâneo.
Carlos
Deixo um abraço...
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