Telefone
Naquele tempo, além das estradas e da visita diária do carteiro, o único meio de comunicação da aldeia com o exterior era o telefone do posto público. A tia B* controlava habilmente o complicado sistema de cavilhas.
Receber um telefonema era tão raro e tão invulgar que constituía um acontecimento na aldeia. As pessoa tremiam quando eram chamadas ao telefone, visto como meio funesto de trazer de muito longe novas que ninguém queria receber.
Como era necessário chamar ao posto público a pessoa a quem a chamada se destinava, para reduzir o custo da mesma, a pessoa que efectuava a ligação desligava e voltava a ligar enquanto um puto que estivesse a jeito corria a buscar o destinatário do telefonema.
Entretanto, inexplicavelmente, espalhava-se a notícia e quando a pessoa atendia o telefone já metade da aldeia sabia que a pessoa tinha recebido uma chamada e procurava inteirar-se das razões que justificavam tal extravagância.
Imagem: Diana Ong
Como era necessário chamar ao posto público a pessoa a quem a chamada se destinava, para reduzir o custo da mesma, a pessoa que efectuava a ligação desligava e voltava a ligar enquanto um puto que estivesse a jeito corria a buscar o destinatário do telefonema.
Entretanto, inexplicavelmente, espalhava-se a notícia e quando a pessoa atendia o telefone já metade da aldeia sabia que a pessoa tinha recebido uma chamada e procurava inteirar-se das razões que justificavam tal extravagância.
Imagem: Diana Ong
9 Comments:
obrigado Rosário. é bom saber-te. saber de ti. aí. aqui.bjos.
Olá, Boa tarde e Bom Ano.
Fiquei `espera que me ligasses ... convencida eu...!
Não te preocupes, foi tão pouco tempo, que não deu para nada. Deu para descansar? O teu Big não teve muita sorte, a praga que rogaste foi ouvida, choveu e o Sol esteve um pouco envergonhado!!!
Um grande beijo
Olá!
Espero que as coisas estejam melhorzitas...
Uma beijoca grande
Bôs dias, tiu Pirata Burmeilho...
...ya que querendes saber ...iera la tie Blisanda!...
Abracicos!
é fantástico olhar para o nosso Portugal que foi e o que é agora...um 2006 cheio de coisas boas para recordar.
E assim como era é que estava bem!
O telefone respeitava-nos os tempos e a privacidade.
Mesmo o espalhar da notícia do telefonema pela aldeia era limitado ao espaço da aldeia e restringia-se à existência do telefonema. Agora são as nossas conversas, os nossos mails, as páginas da net que visitamos que são escutadas, observadas e analisadas pela Polícia Judiciária, pelo sistem Echelon e sei mais lá por quem.
Tive a pôr a leitura em dia!
Como sempre foi um prazer desbravar o teu blog!
Um excelente ano de 2006 para ti!
Diverte-te e sorri!
Rosario, há 10 anos aqui no sul do Brasil, uma linha telefônica custava US$ 2.000,00 no mercado paralelo. No ofical era US$ 1.000,00 mas tínha-se que pagar adiantado e esperar 2 ou 3 anos. Quando nasceu minha filha adquiri meu telefone (1994, acreditas?).
Hoje tenho 1 fixo, 3 celulares, skype.com e MSN... Não que o mundo ficou mais fácil, surgiram e nos impuseram mais necessidades, não achas?
Até as cartas que chegavam de frança e do brasil eram um acontecimento!
Obrigada, minha querida, pela tua prontidão ao meu apelo!;)
Um ósculo gordo nessa bochechita rosa!;) E um grande 2006 para ti!:)
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